sábado, 19 de maio de 2012


2 de Maio de 2012
Durante a audiência geral o Pontífice falou sobre a libertação do apóstolo da prisão
Pedro confia em Deus
Também eu me senti sempre amparado pela oração da Igreja
Raffaello, «Libertação de Pedro» (1513-1514, Sala de Heliodoro, Museus do Va t i c a n o )
Tranquilidade e confiança: a atitude de são Pedro durante o
aprisionamento é a de quem
«confia em Deus, sabe que está
circundado pela solidariedade e
pela oração dos seus e abandona-se totalmente nas mãos do
Senhor». Disse o Papa na audiência geral de quarta-feira 9
de Maio, na praça de São Pedro, falando do aprisionamento
e da libertação do apóstolo na
vigília do seu processo em Jerusalém.
O Pontífice repropôs a narra-
ção do último episódio da vida
de Pedro, descrito no capítulo 12
dos Actos dos Apóstolos, para
frisar mais uma vez «a força da
oração incessante da Igreja», gra-
ças à qual o Senhor «realiza uma
libertação impensável e inesperada, enviando o seu Anjo». Por
seu lado, Pedro «vive a noite do
aprisionamento e da libertação
da prisão como um momento do
seu seguimento do Senhor, que
vence as trevas da noite e liberta
da escravidão das correntes e do
perigo da morte».
A atitude do apóstolo ainda
hoje serve de exemplo à Igreja e
a cada cristão, inclusive ao Papa,
que confessou aos fiéis presentes
na audiência que sempre «se sentiu amparado pela oração» deles,
«pela oração da Igreja, sobretudo nos momentos mais difíceis».
Palavras acompanhadas por um
longo aplauso, ao qual Bento XVI
respondeu simplesmente: «Agradeço de coração».
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A obra de Binding e Hoche
Se a vida é «indigna
de ser vivida»
LU C E T TA  SCARAFFIA
F
inalmente, foi traduzido em
italiano o livro de Karl Binding e Alfred Hoche  Die
Freigabe der Vernichtung lebensunwerten Lebens («A liberalização
da supressão da vida sem valor»),
editado na Alemanha em 1920
(Precursori dello sterminio, Verona,
Ombre Corte, 2012). Digo finalmente, porque se trata de um texto que é um divisor de águas, suscitando muitas e importantes reflexões, só em parte explicitadas pela
introdução — muito concentrada
no plano jurídico — dos dois editores, Ernesto De Cristofaro e
Carlo Saletti, sobre a história do
século XX .
De facto, o livro revela, com a
sorte vivida na Alemanha dos
meados do século  XX — no momento da ascensão do nazismo a
definição de eutanásia da célebre
enciclopédia Brockhaus inspiravase na sua obra e citava-os — que o
pensamento eugenético levado aos
seus êxitos extremos foi difundido
e partilhado inclusive antes da
chegada dos nazistas ao poder. E
graças a estudiosos que não eram
nazistas: o jurista Binding, falecido em 1920 e o psiquiatra Hoche
(aluno de Ernst Haeckel, que levou à Alemanha o evolucionismo
darwiniano), que no momento da
tomada de posse por parte do naVisita «ad limina» de um grupo de bispos dos Estados Unidos
Jovens formados na fé
para o futuro da sociedade
A contribuição que as instituições educativas católicas podem oferecer para a
construção de «uma sociedade cada vez mais firmemente radicada num
humanismo autêntico»,
foi realçada pelo Papa no
discurso dirigido a um
grupo de bispos dos Estados Unidos da América,
recebidos em audiência na
manhã de sábado, 5 de
Maio, por ocasião da visita ad limina Apostolorum.
No discurso, totalmente dedicado à «questão
da educação religiosa e
vem ser apenas «um recurso fundamental para a nova evangelização»
mas devem oferecer também uma
«importante contribuição para toda a sociedade americana». Contribuição que, ressaltou, «deveria ser
apreciada e apoiada com mais urgência».
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Apresentação de credenciais
Políticas sociais
para fazer face
à pobreza
A crise económica mundial continua a criar miséria, a aumentar a
precariedade e a exclusão, a alimentar nas pessoas um sentido de
frustração e de injustiça que «pode tornar-se fonte de revolta». Denunciou Bento  XVI, no discurso
dirigido a cinco novos embaixadores junto da Santa Sé, que lhe
apresentaram as cartas credenciais
durante a audiência realizada a 4
de Maio, na Sala Clementina.
Compete a cada uma das na-
ções, recordou o Pontífice, pôr em
prática políticas económicas que
restituam às pessoas «o papel de
protagonistas sociais» e que lhes
permitam ocupar o seu lugar na
so ciedade».
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da formação na fé da próxima geração de católicos» norte-americanos, Bento  XVI frisou principalmente a necessidade de «preservar
o grande património» das escolas
católicas americanas, garantindo
sobretudo que «elas estejam abertas a todas as famílias, seja qual for
a sua situação económica». Para o
Pontífice estas instituições não deO cardeal Turkson
sobre o tráfico de seres humanos
Miséria e injustiça
favorecem a escravidão
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O Decreto Geral
aprovado por Bento XVI
Para a renovação
da Caritas Internationalis
PÁGINAS 8/9 CO N T I N UA NA PÁGINA 11

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