A participação dos monges agostinianos na missão aos anglos
ROMA, quinta-feira, 15 de março de 2012 (ZENIT.org) - O padre Vittorino Grossi, professor do Instituto Patrístico Augustinianum, por ocasião da memória do trânsito de São Gregório Magno, recorda a “Missão aos anglos”, que deu início à evangelização da Inglaterra, bem como a participação dos monges agostinianos naquela empreitada apostólica.
No milésimo aniversário da fundação da Casa-Mãe dos Camaldulenses, o papa visitou no sábado passado a igreja de Santo André e São Gregório em Monte Célio para a celebração das vésperas.
Na ocasião, esteve presente o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams. É a terceira vez que um papa e um arcebispo de Canterbury se encontram no mosteiro romano em que o papa Gregório Magno escolheu quarenta monges para a evangelização da atual Inglaterra.
“Quando papa, Gregório cuidou não só da cidade de Roma, mas também de toda a Itália e dos territórios que hoje podemos chamar de Europa graças a Gregório Magno”, explica o padre Vittorino Grossi, OSA, do Instituto Patrístico Augustinianum. “Eram tempos em que povos inteiros se transferiam de um território para outro, e Gregório, naquela situação, procurou criar convergência entre esses povos para ajudá-los a conseguir uma convivência que não fosse dominação, que não fosse eliminação de um povo pelo outro”.
Gregório tinha a convicção de que esses povos chegados ao Mediterrâneo poderiam encontrar na fé cristã a razão comum de uma convivência pacífica, como irmãos, e organizou assim a famosa “Missão aos anglos”, que hoje poderíamos chamar de Missão evangelizadora da Inglaterra.
“Gregório enviou um grupo de monges, que se manteve em constante contato com ele, para que os anglos recebessem a mensagem evangélica”, explica o padre Vittorino. “A Europa nasceu com Gregório Magno, com a união dos povos europeus na base da fé cristã. Ele conseguiu, e a Europa começou o seu caminho. O bom desta missão, como em toda missão cristã, é que o cristianismo não é uma religião de elite, que só se ocupa de alguns. O cristianismo cuida de todos, e foi com esta base que o caminho da Europa começou”.
O historiador romano Tácito escreveu, a propósito da missão do general Agrícola, enviado por Roma para submeter os ferocíssimos anglos, que os romanos tentaram amansá-los através do esporte, criando ginásios em vez de fazê-los se exercitar na arte da guerra. Tácito observou que os romanos, quando ocuparam a Ânglia e corromperam os anglos, disseram que os haviam civilizado.
“O mesmo não pode ser dito da missão de Gregório Magno, porque desde aquele dia começou a colaboração dos povos dessas ilhas com o resto da Europa: eles lançaram as bases da Europa”, destaca o padre Grossi.
Quanto ao monacato, estava muito em voga, então, o estilo originário do Oriente. “O tipo de monge criado por Gregório, que não se fiava da contribuição dos monges orientais, deu origem a um monacato novo a partir das outras tradições monásticas existentes. Havia monges da tradição que depois se tornará a tradição beneditina, mas também monges da regra de Agostinho, que se estabeleceram em Nápoles, onde, talvez, geriram a biblioteca do autor das Confissões: é lícito supor que a biblioteca de Hipona tenha sido levada a Nápoles. Deste grupo de monges de Agostinho, dois participaram da missão aos anglos”, conclui o padre Vittorino Grossi.
A Ordem de Santo Agostinho, conforme nota da Cúria Generalícia, tem como padre espiritual o santo bispo Agostinho de Hipona (354 – 430) e foi fundada em 1244 para viver e promover o espírito de comunidade, tal como vivido nas primeiras comunidades cristãs. A Ordem Agostiniana é constituída por pessoas, homens e mulheres, que seguem o ensinamento da Regra que professam: “viver juntos em harmonia, com uma só alma e um só coração voltado a Deus”.
No milésimo aniversário da fundação da Casa-Mãe dos Camaldulenses, o papa visitou no sábado passado a igreja de Santo André e São Gregório em Monte Célio para a celebração das vésperas.
Na ocasião, esteve presente o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams. É a terceira vez que um papa e um arcebispo de Canterbury se encontram no mosteiro romano em que o papa Gregório Magno escolheu quarenta monges para a evangelização da atual Inglaterra.
“Quando papa, Gregório cuidou não só da cidade de Roma, mas também de toda a Itália e dos territórios que hoje podemos chamar de Europa graças a Gregório Magno”, explica o padre Vittorino Grossi, OSA, do Instituto Patrístico Augustinianum. “Eram tempos em que povos inteiros se transferiam de um território para outro, e Gregório, naquela situação, procurou criar convergência entre esses povos para ajudá-los a conseguir uma convivência que não fosse dominação, que não fosse eliminação de um povo pelo outro”.
Gregório tinha a convicção de que esses povos chegados ao Mediterrâneo poderiam encontrar na fé cristã a razão comum de uma convivência pacífica, como irmãos, e organizou assim a famosa “Missão aos anglos”, que hoje poderíamos chamar de Missão evangelizadora da Inglaterra.
“Gregório enviou um grupo de monges, que se manteve em constante contato com ele, para que os anglos recebessem a mensagem evangélica”, explica o padre Vittorino. “A Europa nasceu com Gregório Magno, com a união dos povos europeus na base da fé cristã. Ele conseguiu, e a Europa começou o seu caminho. O bom desta missão, como em toda missão cristã, é que o cristianismo não é uma religião de elite, que só se ocupa de alguns. O cristianismo cuida de todos, e foi com esta base que o caminho da Europa começou”.
O historiador romano Tácito escreveu, a propósito da missão do general Agrícola, enviado por Roma para submeter os ferocíssimos anglos, que os romanos tentaram amansá-los através do esporte, criando ginásios em vez de fazê-los se exercitar na arte da guerra. Tácito observou que os romanos, quando ocuparam a Ânglia e corromperam os anglos, disseram que os haviam civilizado.
“O mesmo não pode ser dito da missão de Gregório Magno, porque desde aquele dia começou a colaboração dos povos dessas ilhas com o resto da Europa: eles lançaram as bases da Europa”, destaca o padre Grossi.
Quanto ao monacato, estava muito em voga, então, o estilo originário do Oriente. “O tipo de monge criado por Gregório, que não se fiava da contribuição dos monges orientais, deu origem a um monacato novo a partir das outras tradições monásticas existentes. Havia monges da tradição que depois se tornará a tradição beneditina, mas também monges da regra de Agostinho, que se estabeleceram em Nápoles, onde, talvez, geriram a biblioteca do autor das Confissões: é lícito supor que a biblioteca de Hipona tenha sido levada a Nápoles. Deste grupo de monges de Agostinho, dois participaram da missão aos anglos”, conclui o padre Vittorino Grossi.
A Ordem de Santo Agostinho, conforme nota da Cúria Generalícia, tem como padre espiritual o santo bispo Agostinho de Hipona (354 – 430) e foi fundada em 1244 para viver e promover o espírito de comunidade, tal como vivido nas primeiras comunidades cristãs. A Ordem Agostiniana é constituída por pessoas, homens e mulheres, que seguem o ensinamento da Regra que professam: “viver juntos em harmonia, com uma só alma e um só coração voltado a Deus”.
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