terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ricardo Roque Martins

Nova revisão curricular: foco no conhecimento essencial entenda-se científico, social e humano. Mais uma vez nem uma palavra para o ensino artístico. Diz que a formação cívica atravessará todas as áreas disciplinares. E as artes? Pelo menos seria de esperar uma posição técnica sobre a arte mas nem isso. A resolução criativa de problemas, a integração da arte nos restantes currículos, a valorização académica a partir das artes, uma perspectiva sobre a importância da cultura visual no mundo. Nada de nada.

Há um degrau acima que nos permite conferir dimensão artística ao conhecimento formal e técnico ou simplesmente admirar essa expressão na vida quotidiana. Mas é preciso querer subir para lá chegar. Este é um programa rigoroso, mensurável e avaliável? Quem avaliou o ensino artístico até hoje? Que indicadores existem sobre a eficácia dos programas? Resultado: Menos horas de ensino artístico, menos professores de ensino artístico a somar à extinção, no início do ano, da área de projecto onde teria lugar o «Schoolopolitan».

Siga a escola formal e instrutiva que contra todas as evidências científicas parece esquecer-se que os alunos não são todos iguais.

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