O debate sobre a eutanásia deve igualmente situar-se na maneira como as pessoas
querem e podem ajudar-se. Aparentemente estamos em vias de perder aqui de vista
uma certa evidência. Põe-se em questão o facto de que pessoas se entre ajudam
podendo ir muito longe, assim como o facto de que preocupar-se um com o outro
possa igualmente dar um sentido à vida. Tal entre ajuda estaria em oposição com a
autonomia e a autodeterminação apregoadas como valores supremos. O facto de
dever renunciar ao domínio do seu destino, e confiar a terceiros a sua evolução para
se fazer ajudar em certas funções vitais, feriria esta autonomia e autodeterminação e
deveria por isso ser evitada a todo o preço. Quando a esta incapacidade temporária
para viver de maneira autónoma perdura, é então considerada como uma situação de
vida indigna e desumana.
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