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ÁFRICA/EGITO - Polêmicas depois dos confrontos de Port Said, que provocaram pelo menos 74 mortos e mil feridos
Cairo (Agência Fides)- "Na imprensa egípcia se questiona como é possível que o Governador de Port Said e o chefe da segurança da cidade não estivessem presentes no estádio, como é de costume", afirma à Agência Fides pe. Luciano Verdoscia, missionário comboniano que vive e atua no Cairo, referindo as reações no Egito ao massacre ocorrido ontem em Port Said: pelo menos 74 pessoas morreram e cerca de mil ficaram feridas durante as desordens ao final de um jogo de futebol entre os times Al-Masry e Al-Ahli, no Cairo, um dos mais prestigiosos do campeonato egípcio.
"Várias vítimas foram baleadas, segundo a imprensa egípcia, que acusa a polícia de ter se retirado do estádio, permitindo aos violentos de agirem", afirma pe. Verdoscia. "Este dramático episódio é interpretado como algo que vai além do confronto violento entre torcedores. De fato, há a suspeita de que os militares aumentem a tensão (lembro-me que alguns dias atrás houve outras violências, aparentemente criminosas), para convencer a população da necessidade de prolongar a lei de emergência".
No Parlamento, onde a maioria está nas mãos de partidos islâmicos (Irmãos Muçulmanos e salafitas), está em discussão a abolição da lei da emergência, mas o Conselho Supremo das Forças Armadas (nas mãos do poder executivo) se opõe. O Conselho Supremo das Forças Armadas proclamou três dias de luto nacional para recordar as vítimas de Port Said. (L.M.) (Agência Fides 2/2/2012)
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