segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Rumo a uma nova aurora

Hoje entramos no tempo dos quarenta dias. Dias que
representam os momentos salientes da fé do povo de
Deus, durante os quais somos chamados a confrontar-
nos com a «ambivalência» que caracteriza «também
a condição da Igreja a caminho no deserto do mundo e
da história». O Papa introduziu assim o período especial
que a Igreja se prepara para viver na expectativa da
Páscoa de ressurreição. A Quaresma foi o tema central
da reflexão proposta aos fiéis que na quarta-feira de
Cinzas, 22 de Fevereiro, participaram na audiência geral,
realizada na sala Paulo
O Papa sublinhou o significado simbólico do número
«quarenta», que volta a propor-se constantemente na vida
da Igreja, a partir da história de Noé. Mas não se
trata, de um número que representa um tempo cronológico
«cadenciado pela soma dos dias», mas que «exprime
o tempo da expectativa, da purificação, de voltar
para o Senhor, da consciência de que Deus é fiel às suas
promessas». O Papa indicou as numerosas analogias vividas
no mundo de hoje, no qual o deserto das tentações
de Cristo é representado pela aridez, pela pobreza
de vida e de valores, pelo secularismo e pela cultura
materialista, que «fecham a pessoa no horizonte mundano
do existir, subtraindo-o a qualquer referência à transcendência
».
Na tarde do mesmo dia o Papa presidiu ao rito de
início de Quaresma na basílica de Santa Sabina, onde
convidou à penitência e à humildade, recordando que a
salvação cristã passa através do «pó da terra», que de
sinal de mortalidade se torna «passagem para a ressurre
i ç ã o »
VI.

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